Poesia "DOR DA MATERNIDADE" - por Célia Oliveira











Foram 9 meses de espera com ansiedade,

A dor da maternidade é aquela

Que vem rasgando as entranhas,
doendo todo o corpo,
E o corpo se abrindo,
para uma pessoa nascer.

É aquela de diversas contrações..... 1, 2, 3, 4 ...
...quantos centímetros
a mais irá doer!
Tudo isso para uma pessoa nascer!
Contrações que vão dilacerando a carne,
Abrindo as cadeiras, rasgando a vagina.
Dói como dói!

Será que dói mais, quando sai a cabeça,

Ou quando nasce os ombros!

Sei lá.
Só sei que dói.
Mas quando os dois passam, acabou-se a dor!
Sim, ai vem o êxtase.
O prazer de ter deixado uma vida nascer.
O prazer de ter ao lado aquela coisinha viva, chorando que tanta dor nos causou.
O que será que dói mais.......

Nascer......? ou
Perder....?

Em: 15. 02. 1997
Imagem:
Cultura Livre (Oriza Martins Home Page)

Poesia "ESPERO" - por Célia Oliveira

De dia espero a noite chegar,
De noite espero o dia nascer,
Ou será o contrário?
Se de dia espero a noite morrer,
Ou se de noite espero espero o dia nascer.
Nascer!
Morrer!
Tanto faz!
Só sei que espero.
Espero o que?
Não sei!
Talvez uma criança nascer,
Ou talvez um dia eu morrer.
Nascer!
Morrer!
Tanto faz!
Viver ou morrer,
Pra mim é tudo igual
Pois quando estamos vivos
Esperamos a morte chegar,
E quando estamos mortos,
Pensamos em um dia renascer.

Em: 21.02.1997

Poesia "SAUDADES....... DE MIM" - por Célia Oliveira

Saudades do que fui, do que acreditei,
do que sonhei, do que desejei.
Saudades da jovem que acreditava no amor.
Da criança que sonhava com príncipes encantados.
Da adolescente que acordada,
tecia planos, crente que o mundo lhe pertencia.
Saudades da vida já ida, das esperanças perdidas,
Dos beijos não dados, dos abraços interrompidos,
Do amor acabado, das palavras
não pronunciadas em tempo presente.
Ai, que saudades !
Saudades .....de mim....
Ah! Quanta saudade
tenho de mim......mesma!

Em: 2001

Poesia "QUANDO" - por Célia Oliveira

Quando o amor acontece,
Faz brotar um sentimento
Diferente,
E se descobre para a vida
Que se torna radirante.

Cada minuto perdido
É uma eternidade
Que a gente não quer
Passar distante do ser amado.
em 1997
 
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